A Pesquisa Nacional recente feita pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz novos dados sobre animais de
estimação nos lares do país. O IBGE estimou a população de cachorros em
domicílios brasileiros em 52,2 milhões. O dado mostra que, no Brasil, existem
mais cachorros de estimação do que crianças. De acordo com outra pesquisa do
IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2013, havia 44,9
milhões de crianças de até 14 anos.
O Cão é mesmo um amigo, recentemente uma notícia correu
as mídias por todo país: “Cão que esperou uma semana em porta de hospital
reencontra o dono”; parei para ver, com certeza, uma atitude de amor. O
dono internado, e o cachorro aguardando na porta de entrada do hospital por
vários dias seguidos.
Há uma frase de Maine de Brian que afirma: “o cachorro só
é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro”. Pois bem, encontro na Bíblia uma referência
que exorta: “ ...o amor do dinheiro é a
raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns {...} se traspassaram a si
mesmo com muitas dores”! Certamente, o dinheiro é uma base para apostasia de
muitos, ele é responsável por várias contendas em diversas famílias e, exclui muitas
pessoas.
Voltando à estatística do IBGE, admito que o ser humano esteja
costumando mais com cães e perdendo a afeição por pessoas. Uma pesquisa perguntou: “Porque conviver com pessoas é tão difícil”? Respostas diversas
diziam, por exemplo: “Às vezes me sinto assim...me dá vontade de fugir de todos”.
“Intolerância”. “Difícil conviver com as diferenças, etc..”; ou seja, questões
emocionais, indiferença, intolerância, soberba, avareza, desejo descontrolado
por poder, oportunismo, necessidade de estar em evidência e, uma série de outros
comportamentos, tem provocado aversão entre os homens. Mas, o outro é
necessário para nosso desenvolvimento, por isso, temo essa lacuna que aos
poucos está crescendo, a ausência do “outro” nas nossas relações; nosso desenvolvimento, enquanto ser - no –
mundo, se dá a partir das nossas relações com o outro; o outro contribui
bastante na nossa capacidade de auto compreensão e compreensão de mundo, é como aprendêssemos a ser humano imitando outros humanos que nos são apresentados, o
homem precisa estar sempre em contato e interagindo.
Mais cachorros que pessoas - cachorro não reclama, não
fica indiferente, não exige muita coisa, não fica com mau humor, não é
arrogante – cachorro não mata em troca de poder e fama, não se vendem, não vinga
- cachorro não oprime, não engana; Porém,
apesar de todas as características positivas dos animais, precisamos reaprender com eles e, melhorar nossa relação
com os humanos, ceder, quando necessário, falar, desejar ouvir e compreender o discurso
do outro, que pode vir carregado de carências. Pesemos: a intolerância e
arrogância estão somente no outro, o insuportável é o outro e assim seguimos,
tentando substituir o insubstituível.
Pr.Luzimar Vieira.
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