terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vales ou Covas?




Bem – aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. Que , passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus. Salmos 84:5-7.

A vida é mesmo como uma viagem formidável, percorremos caminhos interessantes, passamos por experiências instigantes , conhecemos e convivemos com pessoas fantásticas. Cada um segue carregando suas bagagens: Sonhos, esperanças, necessidades,alegrias, dores, medos, angústias, ansiedades, aflições enfim, cada um com sua própria bagagem. Apesar de ser uma viagem admirável , viver é ser surpreendido, às vezes não sabemos o que vem após a próxima curva, apesar de ser fascinante, é praticamente impossível cruzar por essa via chamada “vida” sem passar emocionalmente por vales; de antemão, ninguém tem caminhos aplanados, atravessamos muitas passagens boas, mas quase sempre temos que vencer e ultrapassar diversos vales. Vales são grandes depressões que acabam com as planícies, mas nem sempre são pequenos desníveis, em muitos casos esses vales são canais sombrios que encobre toda a visão, impedindo de enxergar com clareza o que está pela frente, vales que se tornam obstáculos, vez por outra olhamos e só temos paredes à nossa volta, muitos não suportam e se entregam, caem  dentro dos vales, outros parecem interromper a viagem antes do tempo , fazendo dos vales  covas que se tornam  sepulturas. O Salmista diz que bem aventurado é aquele que ao passar pelo vale de Baca, faz dele uma fonte.  Pensei: Como seria o vale de Baca? Descobri que o vale de Baca era chamado de vale de lágrimas, vale árido e vale de dores. No vale de Baca existiam plantas de bálsamo, um tipo de remédio confortante e calmante, folhas que destilavam um liquido de aroma agradável que tornavam aquele vale em um lugar perfumado, eram vales cheios de águas da chuva que se transformavam em fontes para matar a sede daqueles que por ali passavam.  Curioso que o Vale de Baca era o caminho para chegar até Sião a “Cidade de Deus”, não existiam atalhos, todos que queriam chegar até Sião se arriscavam naqueles vales


Voltando agora para o nosso cotidiano, viver é se arriscar em vales , percebo pessoas nesta caminhada da vida,  que ao contrário de passar pelos vales, caem em covas, se afogando em lágrimas; são almas machucadas e oprimidas, pessoas caídas quase mortas paralisadas em covas  pelo caminho. A reflexão que fazemos hoje, vem para nos despertar a não trocar “Vales por Covas”. Vale pode ser uma passagem, covas são sepulturas que aniquilam pessoas. No vale ainda há esperança existe uma abertura logo acima, na cova a abertura é cerrada. No vale ainda existe a visão do CÉU que está sempre sobre nós, na cova a terra e os entulhos que pessoas atiram, encobrem-nos e perdemos ali toda bagagem de esperança. Fazer do vale uma fonte, é buscar usar as tempestades da vida como aprendizado e continuar a viagem, é não permitir que vales sejam transformados em sepulcros. Fazer do vale uma fonte é se nutrir, é apesar das adversidades seguir em frente não permitindo derrotas. Pode ser que algo que levamos na bagagem fique perdido em um dos vales, um sonho, uma expectativa, uma pessoa, mas pode ser também uma dor, ou uma angústia; seja lá o que for precisamos seguir, coisas novas acontecem enquanto caminhamos.





“...mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”. Daniel 11:32


  
Acredite, os vales sempre surgirão, uns menores, outros maiores; porém ,  
  • Como percebemos esses vales? 
  • O que eles representam? 
  • Como reagimos ao passar por eles?
  • Vamos usá-los como passagem ou seremos sepultados neles?
Não permita que cavem sepultura para você,  não enxergue covas em lugar de vales. Vale à pena continuar essa viagem fascinante, Sião está logo ali!


 Deus te abençoe em Cristo!

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