Há décadas a China, devido ao aumento
populacional , viveu a imposição da “política do filho único”. Preocupados com os impactos negativos gerados
nas famílias e na sociedade, recentemente,
aboliu essa prática e, hoje, lutam para estimular a política do segundo filho.
No Brasil , diversos casais têm
adotado a cultura do “filho único”; entretanto, a exemplo da China, há a preocupação sobre o futuro da sociedade,
por exemplo, o envelhecimento da população contra a baixa natalidade, sendo
assim, quem vai sustentar os inúmeros idosos e aposentados? Outra preocupação é os individualismos
radicados em muitas crianças e adolescentes
filhos únicos ; há criança que assume, talvez inconscientemente, a
posição de “pequenos imperadores” na família, passa a viver num ambiente de
superproteção por parte dos pais, comportamento que pode desencadear no
indivíduo: fragilidades, timidez, opressão e agressividade; pela ausência de
alteridade .
A falta de alteridade no indivíduo
dificulta o ‘compartilhar’ gerando inúmeras
barreiras nos relacionamentos interpessoais, dentre eles, o desenvolvimento de parcerias,
a falta de habilidades para lidar com elogios e críticas, a incapacidade para
admitir os ‘nãos’ e derrotas que também são inerentes à vida em sociedade. Enfim, há também outro risco , o de todas as
expectativas dos pais serem colocadas em um único sujeito, provocando no filho
sofrimentos por não suportar toda essa pressão.
Para concluir, penso que talvez sejam
necessários os casais se permitirem e,
juntos, procurar no mínimo o segundo
filho, pois, vivemos em uma sociedade com elevada expectativa de vida,
sobretudo, solitária e com fortes
tendências ao individualismo.
Luzimar Vieira/ pastor e Psicólogo Clínico
Nenhum comentário:
Postar um comentário