E eis que se levantou certo doutor da lei e , para experimentar Jesus, disse: Mestre , que farei para herdar a vida eterna? Lc 10:25
Os Doutores da lei eram homens
que monopolizavam a interpretação das Escrituras, exercendo grande
influencia na educação dos indivíduos. Jesus os reprovava de modo muito
severo e, por isso foi odiado e duramente perseguido por eles.
Certa ocasião, Jesus foi interrogado por um Doutor da lei, que o experimentando disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Jesus o respondeu dizendo: “O que diz a lei? Como a interpretas?” Respondeu ele: “Amarás a teu Deus de todo o teu coração e ao teu próximo como a ti mesmo”. Tornou lhe Jesus: “Disseste bem; fazei isso e viverás”. O interprete, querendo Justificar-se tornou a perguntar: "Mas quem é o meu próximo"? A reposta que Jesus precisava dar àquele homem, veio por parábola, a do bom Samaritano. O cenário dessa parábola fica entre Jerusalém e Jericó, quatro personagens aparecem na história: O Sacerdote, O Levita, O Samaritano e um Judeu gravemente ferido. O Sacerdote e o Levita eram religiosos, talvez o próximo que muitos querem ter; Os Samaritanos, na visão dos Judeus, eram de segunda classe, indignos, portanto, inimigos. Tecnicamente não se tratavam como próximo no sentido moral da palavra. Qual a surpresa? Bom, o Sacerdote e o Levita, desprezaram o homem ferido, mas o Samaritano o salvou. O homem que ajudou o necessitado foi o que menos esperava que o fizesse – ah como isso incomoda!! Esta não é a identidade do próximo a quem ele deveria amar!! O Judeu considerava como próximo somente aqueles que pertencessem ao seu povo, mas seu povo o ignorou. O Doutor da lei, que interrogava Jesus, queria mesmo era uma discussão mais aprofundada, porém, Jesus a tornou simples e bem prática.
Ter atitudes de amor com àquele que nos despreza, realmente não é fácil; quem consegue prever que tipo de “PRÓXIMO” será o necessitado do dia? Portanto, o amor de Deus, não se baseia nas emoções e nos pensamentos, é um amor incondicional, Deus nos dá um mandamento, que amemos uns aos outros assim como Ele nos amou (João 15:12). O “próximo” que muitos desejam, são aqueles que causam impactos "positivos" na sociedade, mas Deus nos ensina a não fazer acepção de pessoas, precisamos ser cautelosos, porém, devemos também rejeitar o preconceito que destrói as relações. O amor é abstrato, na visão humana fica difícil medi-lo, ele se materializa nas atitudes, o instrumento de Deus para aferir e validar esse amor é o “eu”, ou seja, o próprio sujeito: “AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO”, disse Deus.
"O próximo que devemos amar pode não ser o mais querido, mas é o que “vem em seguida”. Tenhamos atitudes sensatas, amar é a melhor opção".
"O próximo que devemos amar pode não ser o mais querido, mas é o que “vem em seguida”. Tenhamos atitudes sensatas, amar é a melhor opção".
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