Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe: "Jesus de Nazaré está passando". Então ele se pôs a gritar: "Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim! " Os que iam adiante o repreendiam para que ficasse quieto, mas ele gritava ainda mais: "Filho de Davi, tem misericórdia de mim! " Lc 18:36-39.
Bartimeu era um cego que vivia em Jericó; certo dia, ouviu-se um alvoroço da multidão, como não conseguia enxergar, perguntou o que estava acontecendo, disseram-lhe que Jesus estava passando , foi quando começou a clamar sem cessar:
“Jesus tem misericórdia de mim”!
Mas a multidão que se aglomerava ali e, determinou que o cego se calasse mas, Bartimeu insistiu até ser curado da cegueira.Percebemos até hoje o quanto a multidão influencia e, quase sempre consegue, inclusive, negativamente. A multidão sempre está por perto e, ela tem o poder de roubar nossa identidade.
O relato Bíblico sobre o Êxodo no deserto rumo à terra prometida, conta-nos que havia no meio do povo temente a Deus , uma multidão que sempre ficava às margens do arraial, certamente foi dela que saíram os provocadores das práticas estranhas entre povo, fazendo-os amargar naquele deserto.
No Novo Testamento, Jesus está sempre rodeado de multidão e discípulos, a multidão o seguia em busca de pão, os discípulos, em busca de comunhão;
para a multidão Jesus dava comida, para os discípulos , alimento!
Mas, a multidão sempre estava por ali com suas opiniões contrárias, suas ameaças e acusações, suas incredulidades e seus pareceres perigosos e, quando Jesus estava sendo julgado, a multidão estava lá, gritando: Crucifica-o! Crucifica-o! Multidão...multidão, ah como você é perigosa!
Gustave Le Bon, um psicólogo social francês, defende que, quando no meio de uma multidão, o homem regressa para um estado mental primitivo. Uma pessoa que pode ser altamente culta e moral em alguns casos, é capaz de agir como um cruel e está propenso a atuar de uma forma violenta. Perde suas faculdades críticas no meio de uma multidão.
Quando recorremos à multidão buscando respostas sobre futuro profissional, sentimental, ou até mesmo espiritual, quase sempre retornamos cheios de “NÃOS” e, confusos. Se o cego Bartimeu , assim como outros personagens Bíblicos, tivesse dado créditos para a multidão, certamente não teriam se esforçado e, como consequências não alcançariam seus objetivos.
A primeira pessoa que precisa ter convicções e metas sobre meu futuro e meus desejos, sou eu mesmo, em alguns casos até buscamos conselhos sábios, em muitos outros, devemos fazer silencio até à conclusão da busca.
Cuidemos para que não aja contágio, pois quase sempre as massas atuam pela emoção e não pela razão, vigiemos quanto ao comportamento coletivo que pode ser irracional e cego derrotando e matando sonhos individuais.
Concluo com as palavras de uma educadora:
“Não é porque estamos na multidão que temos que agir e pensar igual em todos os momentos, a decisão pode ser individual e pessoal, afinal o objetivo é meu e não do coletivo, por medo de não seguir a multidão, e ficar só, perdemos muitos sonhos”.
Deus te abençoe em Cristo Jesus!
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