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domingo, 29 de abril de 2018
FUNÇÃO DE PAI
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
A SUCESSÃO E O SUCESSOR DO PASTOR
PRECISAMOS
FALAR SOBRE ISSO!
Moscou 2013,
mundial de atletismo - O Brasil não conseguiu medalha na prova feminina do
revezamento 4x100m. As brasileiras
faziam uma excelente prova até a passagem de bastão de Franciela para Vanda, a
última troca que fecharia o revezamento. As duas não se entenderam e o bastão
caiu no chão. Com isso, a atleta parou de correr e a equipe não encerrou a
prova. Em entrevista, a atleta Vanda
Gomes reclamou dizendo: não treinamos o suficiente, priorizamos outras coisas, deixando de treinar!
Chegará o dia
que o bastão da liderança deverá ser passado ou, quem sabe jogado, ou até mesmo
deixado - vai depender do treinamento, do entrosamento, da visão de grupo e,
estilo de liderança para que o bastão seja entregue, jogado ou deixado.
Há muitos seguidores,
mas a sensação é não haver sucessores!
Moisés teve um Josué, Asa teve um Josafá,
Eliseu um Elias e, Paulo teve um Timóteo ; estes líderes compreendiam que nenhum líder, por mais habilidoso e bem
sucedido que seja, será permanente. Foi pensando na sucessão que Deus chamou
Moisés e Josué para uma conversa na
tenda do encontro. Paulo, a partir de suas convicções não hesitou em afirmar,
em uma carta a seu possível sucessor, que na corrida ministerial havia feito o
melhor, porém a carreira chegou ao fim.
Durante seu
ministério, Jesus teve a atitude de formar um grupo de homens que receberam a
qualificação de discípulos, essa atitude nos permite refletir no futuro e na
sobrevivência daqueles que ficam. Se não falarmos sobre sucessão, podemos
trazer um caos para àqueles que deverão dar sequências. Qualquer liderança deixa de ser bem sucedida
quando não deixa bons sucessores!
A sucessão
sempre foi um grande desafio, porém indispensável!
Conta-se que um
gerente, ao sair de férias, ficou preocupado de, durante sua ausência, as
pessoas não sentirem falta dele. Seu superior disse: “tomara que ninguém sinta a sua falta e que todo o trabalho flua sem
que ninguém perceba a sua ausência. Esse é um importante sinal de que você está
trabalhando muito bem na formação da sua equipe”.
Penso ser pouco
inteligente julgar insubstituível, pensando não existir nenhum outro, à altura,
para uma sucessão. Não existe bom que não possa ser ainda melhor! Sendo assim, a saída é promover o
desenvolvimento de outros, criando um projeto de sucessão, observando os
vocacionados, evitando assim, o nepotismo eclesiástico – acredito que
ministério é chamado, não meio de vida. Sacerdócio não é hereditário!
Sobre sucessão, são coesas as palavras do pastor Miguel
Piper : Se um pastor
esperar até adoecer ou morrer, ou até o rebanho estar definhando, para abrir
espaço a um sucessor, ele pode bem deixar cair o bastão geracional de seu
ministério. Comecei como feto, nasci bebê e, desde então, já experimentei
muitas transições. Passei de solteiro a casado e de pai a avô até chegar ao
ponto em que estou hoje: alguém que é jovem há muito tempo! Minha fé é que
Jesus voltará, e serei “transformado num abrir e fechar de olhos” para ser
semelhante a ele na sua vinda. Aleluia! Terry e eu fizemos a transição na
Comunidade Cristã de Curitiba, passando o nosso bastão como pastores seniores a
um querido casal de pastores, Luiz e Eliane Magalhães, que havíamos discipulado
e acompanhado por vários anos. Entregamos o encargo oficialmente a eles no dia
2 de dezembro de 2011. Fui despertado por Deus para iniciar o processo em 2009,
durante a transição de um pastor amigo que estava com 79 anos. Ouvi alguém
falar enquanto estava lá: “Ele esperou demais”. Na mesma hora, eu disse comigo
mesmo: “Não quero esperar demais”. Logo em seguida, Pra. Terry e eu começamos a
orar, a adquirir alguns livros e a entrevistar líderes de nossa confiança sobre
a transição deles. Tínhamos filhos naturais e espirituais que poderiam
perfeitamente ser nossos sucessores. Porém, qual deles seria a escolha de Deus?
Oração e convicção da vontade de Deus são chaves nesses momentos. Somos muito
gratos a Deus por ter-nos ajudado a fazer uma transição tranquila e
bem-sucedida.
Entendo que o
maior desafio é entregar o Bastão sem deixar cair. É desafiador, pois, o bastão
deve ser entregue durante a corrida, os dois devem seguir juntos, seguros no
mesmo bastão, até que o sucessor consiga seguir só.
Acima de tudo,
honre aquele que lhe entregou o Bastão!
Luzimar Vieira
Pastor e
Psicólogo
domingo, 12 de novembro de 2017
O Pastor a Igreja e o Burnout
A
sociedade tem adotado um estilo de vida extremamente consumista, um modelo que
inclusive, tem colocado o sujeito numa condição de desafiado a parecer ser; para
Casadore e Hashimoto (2012) a sociedade atual está saindo de um extremo para o
outro, de um estado de rejeição pelo novo, para o desprezo aos vínculos e
costumes duradouros. É nessa busca insaciável que o indivíduo é agredido pelo
estresse, que é um conflito, advindo de pressões e aflições que resultam em desequilíbrios
emocionais. O modo
que o sujeito se relaciona com suas atividades laborais e as condições adversas das
relações de trabalho podem levar o indivíduo ao adoecimento, e até à morte.
O
Ministério da Saúde classifica, como uma das doenças do trabalho, a Síndrome de
Burnout ou Síndrome do esgotamento profissional
(BRASIL, 2001); ela “afeta, principalmente, profissionais da área de serviços
ou cuidadores, quando em contato direto com os usuários, como trabalhadores da
educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários,
professores e outros” (BRASIL, 2001, p. 192).
Assim sendo, Burnout, que um resultado do estresse, é uma
síndrome que atinge pessoas que atuam em atividades relacionadas com a pressão
do público.
“Burn – out”, do inglês, de um modo
simplificado é um tipo de falta de força para continuar funcionando. O pastor,
líder religioso, trabalhador, cuidador comportamental e espiritual é também um
conselheiro dos indivíduos que frequentam as reuniões religiosas. Os indivíduos aconselhados pelo pastor são vítimas
deste mau - estar moderno chamado estresse, que demandam atenção, quase que em tempo
incondicional, o que possibilita tornar o conselheiro um sujeito vulnerável à
Síndrome de Burnout, devido às
inúmeras exigências na atividade pastoral e em suas condições estressoras.
Entender
que ao homem é inerente fragilidades e limitações torna-se um avanço para lidar
com os diversos conflitos do cotidiano. Entretanto, para
o líder espiritual, provavelmente não seja fácil transitar entre assuntos e
costumes do universo social e, ao mesmo tempo, o espiritual. Ainda há barreiras
por parte dos religiosos ao relacionarem causas de sofrimentos, sobretudo, os
psicopatológicos a questões emocionais. Diversos cristãos tendem a atribuir doenças ao pecado ou à falta de fé
no sagrado, atitudes estas que impedem os tratamentos. Entre a fé religiosa e a
vida cotidiana, há uma lacuna, às vezes, não percebida com facilidade pelos que
de fato praticam religião. Portanto, espero poder auxiliar pastores, líderes e
conselheiros religiosos, na compreensão de que, apesar da prática constante de
uma fé espiritual, o homem ainda assim, está sujeito a sofrimentos psicológicos
manifestos em seu cotidiano.
Atualmente
o estresse pode afetar, com maior ou menor intensidade, todo e qualquer
indivíduo. O anseio para resolver as adversidades, até mesmo àquelas inerentes
à existência humana, tornam-se desafios que o indivíduo nem sempre terá êxito
e, portanto, passa a padecer em um estado de estresse. Desse jeito, um indivíduo que outrora se
envolvia com intensidade nas atividades e, atualmente demonstra desmotivado,
sem vigor e irritado, é provável que esteja acometido pela Síndrome de Burnout (CARLOTTO, 2011). Pessoas com Burnout “[...] se sentem infelizes e
insatisfeitas com seu desenvolvimento profissional, e experimentam um declínio
no sentimento de competência e êxito no trabalho.” (CARLOTTO, 2011, p. 8).
O pastor é o indivíduo que cuida de rebanhos ou líder que cuida da igreja. Deste
modo, o pastor é um indivíduo que trabalha na gerência de Igrejas, que têm como
membros religiosos de origem evangélica. Há ainda um agravante, pois, aliado à
fé particular, o pastor deve possuir a convicção de sua vocação para o
exercício sacerdotal aliado a outras habilidades, por exemplo: bom estilo de
liderança, capacidade de se relacionar com todos, postura ética ante a
sociedade e ante as pessoas de seu pastoreio, e também, oratória adequada e
destreza para o aconselhamento familiar. Portanto, dentro do aspecto simbólico
de pastor e rebanho, há uma realidade intrínseca, a necessidade de cuidar,
proteger, dar abrigo e bons exemplos aos fiéis de sua comunidade e a tantos
quantos o solicitar. Dessa forma, o líder
eclesiástico, além da ausência do reconhecimento das pessoas, deve lidar com os
mais diversos conflitos que afligem a humanidade, especialmente, conflitos dos
membros de sua comunidade. Apesar de a igreja ser um ambiente de
espiritualidade e fé, problemas dos mais variados podem ocorrer com os
religiosos que ali convivem. Sendo assim, vale ressaltar que ambiente com
relações interpessoais conflituosas e ingratas e, agenda de atividades desorganizadas
torna-se um gerador de doenças emocionais.
Pesquisas afirmam que o excesso de dedicação do
pastor, muitas vezes não retribuída, causa a sensação de desvalorização. O Burnout é uma Síndrome que faz o indivíduo perder o sentido da sua
relação com o trabalho e sente como se as coisas já não tivesse mais
importância. Como qualquer trabalhador comum, a atividade e as habilidades do pastor
são avaliados e, exigidas, pela sociedade uma máxima 'perfeição', inclusive no
que se refere ao comportamento ético, postura, costumes e teologias.
Diante dos riscos de
adoecimento, torna-se necessário uma atitude preventiva, sendo assim, o pastor deve ser despertado para a realidade do mundo onde
existimos, um universo povoado por seres sedentos, sobretudo insaciáveis, de
respostas. Psicoterapeutas relatam que líderes religiosos trazem diversas
queixas, sendo uma das mais frequentes, a de ter que ser forte e pacífico
quando, no entanto, estão em tormentos e debilitados. Para o pastor, aceitar
que ao homem está inerente à fragilidade e a limitação, poderá ser um grande
salto para lidar com seus próprios conflitos emocionais.
Luzimar Vieira
Pastor e Psicólogo
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
O falador
PALRADOR
Palavra tão pouco escrita e, raramente pronunciada. Contudo, como outras várias palavras pouco comum, PALRADOR também está na Bíblia.
‘PALRADOR’ expressão, para mim, de pronuncia estranha vem do Latim - PARLARE - que é o mesmo que “falar”, encontra-se nos provérbios de Salomão.
( O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o louco palrador será transtornado; Pv.10:8). Revista e Corrigida.
Sendo assim, convém nossa reflexão de hoje: PALRADOR ou falador é um tipo de comportamento do indivíduo que julga-se o mais sábio, no entanto , sempre proferindo palavras ferinas com opiniões e pontos de vistas exacerbados que quase sempre devasta e não constrói . O PALRADOR é o ultimo a dar a palavra sobre qualquer coisa.
Sobre o PALRADOR afirmou Matthew Henry:
“Aqueles que falam muito raramente olham para seus próprios pés, e, por isso, tropeçam e caem transtornados”.
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