quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O que você vê pelo caminho, Vales ou Covas?

Bem – aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. Que , passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus. Salmos 84:5-7.

A vida é mesmo como uma viagem formidável, percorremos caminhos interessantes, passamos por experiências instigantes , conhecemos e convivemos com pessoas fantásticas. Cada um segue carregando suas bagagens: Sonhos, esperanças, necessidades,alegrias ,frustrações, angústias, ansiedades enfim, apesar de ser uma viagem admirável, viver é ser surpreendido. Muitas vezes não sabemos o que vem após à próxima 'curva', apesar de ser fascinante, é praticamente impossível cruzar por essa via chamada “vida” sem passar emocionalmente por vales; de antemão, ninguém tem caminhos aplanados, atravessamos muitas passagens boas, mas quase sempre temos que vencer e ultrapassar diversos vales. Os vales são grandes depressões que desfazem planícies, mas nem sempre são pequenos desníveis, em muitos casos esses vales são canais sombrios que encobre toda a visão e, impede visualizar, com clareza, o que está pela frente, são vales que se tornam em obstáculos. Vez por outra olhamos e só paredes à nossa volta, muitos não suportam e se entregam, caindo  nos vales, outros parecem interromper a viagem antes do tempo , fazendo dos vales  covas, que aos poucos, se transformam em  sepulturas. Para o Salmista, bem aventurado é aquele que ao passar pelo vale, consegue fazer dele uma fonte;  ao ler essa reflexão do escritor dos Salmos, pensei: como seria o vale de Baca? Pesquisando descobri que o vale de Baca era também  vale de lágrimas, um vale árido e de dores. Naquele vale existiam plantas de bálsamo, um tipo de remédio confortante e calmante, eram folhas que destilavam um liquido de aroma agradável e, tornavam aquele vale um lugar perfumado, eram vales cheios de águas da chuva que se transformavam em fontes para matar a sede daqueles que por ali passavam.  No entanto, o Vale de Baca era o caminho para chegar até Sião, “Cidade de Deus”, para ela não existiam atalhos, todos que queriam chegar até Sião se arriscavam naqueles vales


Voltando agora para o nosso cotidiano, viver é se arriscar em vales , percebo pessoas nesse caminhar existencial, que ao contrário de passar pelos vales, caem em covas e, afogam em lágrimas; são pessoas extremamente feridas e oprimidas, prostradas quase mortas, em covaspelo caminho. Não permitacovas em lugar de vales”. Os vales podem ser transformados em passagens para seguir viagem, as  covas não, elas são sepulturas que aniquilam as pessoas. No vale ainda há esperança, nele existe uma abertura logo acima, ao contrário da cova que a abertura é coberta. No vale ainda existe a visão do alto que sempre estará acima de nós; na cova terras e entulhos que as pessoas atiram encobrem-nos e nos fazem perder toda bagagem de esperança. 

Fazer do vale uma fonte, é buscar usar as tempestades da vida como aprendizado e continuar a viagem, é não permitir que vales sejam transformados em sepulcros. Fazer do vale uma fonte é se nutrir, é apesar das adversidades seguir em frente não cedendo às frustrações. Pode ser que algo que levamos na bagagem fique perdido em um dos vales, um sonho, uma expectativa, uma pessoa, mas pode ser também uma dor, ou uma angústia; seja lá o que for precisamos seguir, coisas novas acontecem enquanto caminhamos. Para Carl Rogers "vida plena é um processo, não um estado de ser". 







 Deus te abençoe em Cristo!

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